Às quatro horas e alguns minutos da manhã, eu acordo nervoso por causa do dia que vem. Uma das grandes desvantagens de se alcançar os dezoito anos no Brasil, para um homem, sem dúvidas é essa, ter que alistar-se obrigatoriamente. Uma das coisas engraçadas sobre nós aliás. Nós somos livres, mas temos tantas "obrigações" para garantir que a democracia funcione com ou sem nosso interesse. Para termos direitos precisamos cumprir com nossas obrigações. Então resolveram pegar uma porrada de garotos de 18 anos e expô-los a uma bateria de exames inúteis, como um teste para retardados, uma sessão de nudez, uma entrevista sobre drogas e duas horas em pé debaixo do sol esperando a morte da bezerra.

<30/09/13>

É o quarto dia ao longo deste longo ano de 2013 em que tenho que me reportar a algum lugar aleatório por causa desta documentação de reservista militar que não consigo nunca. O primeiro dia foi lá em março. Eu tolo pensei que acabaria ali mesmo e que poderia voltar para casa. Fiquei debaixo do sol, às seis da manhã, numa fila com mais quinze outros garotos da zona norte do Recife. O segundo dia, eu deveria voltar ao mesmo lugar para receber designação para um outro lugar, o que para eles (os militares) deve parecer lógico. No dia que fui lá, descobri que estavam fechados e que deveria ir no mesmo dia ainda para o centro da cidade antes das oito horas para não perder nada. O terceiro dia também falhou. Cheguei tarde demais. Quando cheguei lá, já eram mais de duzentos em frente a um trailer onde um pequeno homem gritava o nome de um por um separando entre os que iriam ao cabanga e os que eram liberados por excesso. Uns dias mais tarde meu pai vai no departamento sozinho e consegue o carimbo que me leva para o 7º DSUP, no desconhecido bairro da Cabanga.
Eu não tenho muito noção de direção sobre o Recife. Agora que estão dividindo a cidade em quatro zonas (Cidade, Norte, Sul e Oeste) por um modismo do prefeito, eu comecei a me situar um pouco melhor do que antes. O colégio que frequentei é no bairro ao lado de onde moro, os cursos de inglês são no mesmo bairro, o shopping num bairro próximo, os amigos também, então logo, eu passei minha pré-adolescência e adolescência confinado ao pequeno território delimitado pelos bairros das Graças, dos Aflitos e da Jaqueira. Quando me falaram que precisaria ir ao Cabanga, eu pensei que estaria indo para longe pois me falaram que era no meio do mato e que se deveria acordar às 4h da manhã. Quando cheguei lá, tudo isso pareceu verdade.
Ao redor do Centro de Seleção parecia uma cidade interiorana. A Avenida Imperial que pegamos quando entramos no bairro é fantasmagórico. As casas pequenas e modestas e uma assembleia de deus em construção me falaram que o Cabanga era sem dúvidas muito longe de casa. Como havia dormido no caminho, qualquer coisa era possível.

> Chegada ao Cabanga

Só o diabo poderia ter me acordado, não havia pessoa mais mal-humorada num raio de um ano-luz. Torci para que não me acompanhasse ao longo do dia. Quando acordo um pouco, estou passando ao lado de um viaduto e meu pai avisa que estamos no Cabanga. Mais a frente encontramos dois ônibus estranhamente parados no meio do corredor e logo vimos uma mulher inconsciente estirada no chão. Os motoristas no meio fio e policiais examinando a atropelada. "Bem vindo ao Cabanga", disse o diabo.
Cheguei lá junto com meu irmão sem termos avistado uma única pessoa. Um bom sinal até então, ao passarmos por uma pequena porta encontramos uma fila modesta formada por oito pessoas e olho para Daniel já sorrindo, "finalmente acordar cedo valeu de algo". Os outros garotos da fila pareciam bem dispostos, então acho que ninguém deve ter passado por longos períodos em pé.
Um soldado se aproxima e já vai perguntando pelos CAMs (Certificado de Alistamento Militar). Eu os tiro de uma pasta lilás e os entrego a ele que pede que sigamos em fila indiana atrás dele. Eu acreditei que ele tivesse recebido alguma ordem de nos atender mais rápido, o que logo se prova errado assim que entramos numa recepção com no mínimo umas cento e cinquenta pessoas sentadas. Meu coração já palpita mais forte, "vou ter que esperar horas e horas. Esta manhã vai ser um inferno", ô rapaz... tá ok, vamos lá receber ordem.
Eu sempre tenho esse receio quando vejo muita gente reunida, e principalmente outros caras, isso me remete quando eu ia jogar futebol no campo e tinha que encarar os garotos mais velhos e tentar não parecer idiota para não ser reprovado por eles. Aos 17, cheguei a conclusão de "se não os verei mais, fodam-se todos eles", então que qualquer merda aconteça.
O diabo me empurra para o fundo da sala, levanto a cabeça e reconheço um amigo no meio da multidão. Formamos-nos juntos e é um dos poucos do colegial que ainda me comunico. Aceno para ele rapidamente e me misturo ao cinza da multidão. Logo o soldado da primeira cena entrega para nossa fileira um conjunto de fichas que correspondiam à nossa chamada para pegarmos uma outra ficha.
Se você ainda não percebeu, os militares são bastante burocráticos. Marca-se um dia para marcar-se outro. Pega-se uma ficha para pegar outra. É uma coisa muito sem noção.
Em alguns minutos descubro que me chamarei Número 134 pelo resto da manhã. Em algumas horas finalmente escuto alguém chamar-me pelo meu nome novo. Meu irmão e eu nos separamos neste ponto. Ele se chamava Número 105. Formo uma fila com os outros 130's e vamos para dentro de uma sala de aula, nos mandam sentar na penúltima coluna, mas logo um sotaque carioca soa bem alto e nos manda de volta para a recepção. Ele se confundiu com os números.
E lá estava eu de volta ao limbo que era aquela recepção. Logo aprendo o significado de "chá de cadeira". Meu irmão ainda estava lá sentado umas fileiras longe de mim, não dava para nos comunicar e como não tinha celular e a televisão (que era uma estranha tela plana de 32 polegadas) não recebia nenhum sinal decente, eu me entretenho escutando a conversa dos outros e olha que o cardápio estava bem diverso.
Um grupo de garotos sentados na minha frente compartilhavam fotos de seus filhos. Eram cinco e todos pertenciam à mesma escola estadual. Um pergunta ao outro a experiência de descobrir que será pai e ainda tiram onda de suas ex-namoradas, mães de seus filhos por terem que passar todos os dias com o "pirralha" enquanto iam para o brega "pegá as nêga". Eles sem dúvidas foram assustadores, mas em poucos minutos, meu nome é chamado "Número 134, Número 134!"
Nos mudaram para uma fileira de dez cadeiras em frente a uma sala com uma placa que dizia "Avaliação Física". Pensei "MERDA! É aqui então que rola a nudez." Haviam me falado que eu iria ter que ficar nu no Cabanga, mas nunca levei a sério. Há quem diga que temos que ir pro meio do mato comer ração, mas isso não se concretizou glória a Deus. Eu estava com dez outros caras totalmente estranhos que moravam em lados totalmente opostos da cidade, em mundos totalmente diferentes do meu, com isso reapliquei a minha lei "se não os verei mais, fodam-se todos eles".

> Avaliação Médica e Física

Entramos numa sala com umas doze cabines, seis à esquerda e seis à direita. As cabines não tinham portas. Elas só bloqueavam a visão lateral, mas de dentro delas podíamos ver quatro cabines a frente. Quando todos se acomodaram, o médico passou e deu a ordem "Tirem suas camisas, calças, tênis e meias, ficando só a cueca". Opa... ok, então... Situação totalmente bizarra, lá estou eu, só com uma boxer cinza que já se etiquetava zorba para nenhuma confusão (aqui Zorba e cueca são sinônimos) encarando o chão para não ter que olhar para o outro semi-nu a minha frente. O médico passa rápido, pede para mostrarmos as mãos, respondo imediatamente. Logo vem outra ordem, que virássemos contra a parede e mostrássemos as solas dos nossos pés. Nisso, ele pediu para que os que se encontrassem à esquerda (meu lado) permanecessem quietos e olhando para a parede. Logo vem a ordem "Os da direita virem para a frente e abaixem as cuecas até os joelhos e respirem forte pela mão". Ele passa rapidamente um por um e examina a respiração. Escutamos vários sopros e logo trocamos de posição. Minha vez. Mais rápido, arreio minha cueca até os joelhos, me escondo mais ao fundo da cabine, e lá estou eu, nu, às 7h da manhã de um segunda-feira, com o diabo me lembrando da merda que era aquele dia. O médico surge a frente da minha cabine, pede para eu respirar, o que faço totalmente errado e me examina dos pés a cabeça como um escravo e adeus. Puxo a cueca logo e mais uma vez estamos de volta encarando o chão.
"Coloquem apenas as calças e formem a fila atrás deste garoto", ele aponta para um magricela a quem puxa bruscamente para frente de um quadro. Eu pensei "Agora é a hora de eu ferrar tudo e conseguir ir para casa, Deus já me abençoou com a miopia, vou usá-la agora!". Na minha vez, ele pede a penúltima linha, das letras minúsculas e já erro dois, creio eu. Ainda bem!
"Peguem suas roupas e tênis e passem para a sala ao lado pela porta dos fundos", passo andando e vejo uma balança, uma alça no chão e um soldado num computador. E do nada aprendemos que a alça no chão é para medir o quanto em peso conseguimos levantar, o que se torna uma mini competição entre os que querem servir. O soldado do computador brincava conosco comentando sobre nós. Não sei como isso divertia os outros, mas certas pessoas gostam de saber que sofrem (vocês entenderão no segundo dia). Apesar de finalmente ter minhas pernas novamente aquecidas pelos meus jeans, não posso evitar de sentir frio. Um ar condicionado estava posicionado direto sobre nós e eu desejo que meu nome, 134, seja chamado logo.
Quando chega minha vez, um breve comentário do soldado "o branquelo pode subir,". Logo ele puxa uma régua gelada que encosta a minha coluna e grita "1,75 metro!". A minha primeira reação é de ofensa, eu tenho 1,80 metro, mas pensei que deixando que pensem que sou baixo vai me lucrar uma desaprovação e irei correndo para casa! Os 75Kg medidos pela balança estão certos e vou à alça. Breve comentário do soldado "eita, agora veremos,", O quê, merda? Ele parece nunca completar uma frase, fala como se tudo terminasse em vírgula. Agachei-me e levantei 40kg e deixei quieto. Logo ouvi uma resposta "Pera aí vei, o cara ali magrelo fez uma forcinha e pegou 100kg, tu vai mesmo ficar com preguiça?", mais uma vez e 100kg, "Tente de novo", umas risadas vêm do fundo da sala onde os outros estão esperando em fila e isso faz-me ficar vermelho um pouco, o que tornou tudo um pouco mais ameaçador, agora ferrei a coluna e levantei 120kg e saí satisfeito. "O cara todo vermelho,". Corro para vestir minha camisa de volta e meus all-stars e vou para uma fila que me esperava para avaliação do dentista, que fora tão rápida que nem vale a menção aqui.
Saindo da sala da Avaliação Física, o soldado comenta "Ei pai, não leve a sério nada aqui não!", na minha cabeça me ouvi gritar FODA-SE, mas sorri levemente e falei "Que nada...". O diabo riu da minha boa educação.

> O teste mais tolo e o conflito do mais tolo

Após a avaliação odontológica, que foi tão breve que não merece comentário, fomos de volta a recepção onde nos permitiram ir a cantina em pequenos grupos. Não fui pois o único dinheiro que tinha era para um táxi de volta para casa, já que as paradas de ônibus por perto não pareciam muito seguras para alguém que está perdido.
Logo me chamam pelo meu nome, "134!". Levanto-me e fico com os outros em frente a uma sala. Após uma longa espera, e algumas complicações, eles resolvem que como éramos os últimos a fazer o teste, eles iriam abrir uma sala para aplicar logo a prova.
A prova é extremamente besta, há um desenho na esquerda e temos que reproduzir na direita da página em quatro minutos. Não era possível que poderia surgir perguntas para isso, até que um levanta a mão e pergunta ao Sargento Barbosa, quem aplicava nosso teste, "Eu tenho que ficar desenhando até acabar os quatro minutos?". Jesus Cristo... ele acabou de falar, claro que não. Depois de resolvido, logo esta parte era feita.
A segunda parte da prova era um pouco menos tola, havia várias sequências lógicas e tínhamos que simplesmente continuá-las "com umas das seis opções abaixo". Há uma cartolina grande presa no quadro com um exemplo. As questões eram do tipo, gato pequeno, gato médio, gato _______, e só tínhamos que marcar o desenho com o gato grande.
O mesmo sujeito levanta a mão e uma ruga surge na testa do Sgt. Barbosa, "O que é, garoto!?". Sem paciência ele responde algumas perguntas para ele e exige do tolo: "Você quer servir?". Ele afirma com a cabeça e o sargento brevemente comenta: "Porra...". Mais uma pergunta, Barbosa responde com voz alta e raivosa "Como você não consegue fazer essa prova? Olha o exemplo enorme no quadro! Não tem o que fazer! O que você quer? Marca lá, marca qualquer merda, porra!". Eu não pude evitar escapar um riso e logo devolvemos a prova.
Um garoto com uma cara de aflição encara seu iPhone desesperadamente enquanto o sargento está embora e escutamos as notificações do whatsapp tocando. Como me arrependo de não ter trazido o meu celular.
Chamam-nos e vamos para uma pequena recepção em frente a uma sala cheia de cabines (sem nudez) onde são feitas as entrevistas.

> Entrevistas

Eu tinha chegado às entrevistas e se estava lá era porque não fui reprovado em nenhuma avaliação e fui considerado apto a servir. Isso significa ter que voltar ao Cabanga no dia seguinte para fazer uma segunda prova chamada BCC. Eu estava sentado num grupo de cadeiras em frente a porta da sala das entrevistas pensando que não havia como ser desclassificado àquela altura. Logo sai de dentro da sala um garoto loiro e gordo, um dos que antes estavam sentados na minha frente mostrando uma foto de seus filhos. Ele caminha vergonhosamente para uma fila do lado de fora do galpão para onde iam os desclassificados. Seu colega que sentava na minha frente disse "Oxente, porque ele foi dispensado? Ele queria servir".
Depois de mais outra eternidade chega a minha vez e logo descubro o porquê.
As perguntas eram em sua maioria sobre histórico policial, uso de drogas ilícitas. Quando neguei usar drogas ele passou logo adiante para as próximas perguntas, o que foi engraçado pois era muito fácil escutar os outros entrevistadores repetindo para seus entrevistados se não usavam drogas. "Eu estou perguntando ao senhor se não usa drogas! O senhor confirma não usar drogas? Está certo!?". De toda forma, meu entrevistador não me achou suspeito e mandou-me logo embora.

Finalmente chega o momento em que deixo de ser 134! Estava alegre por poder voltar para casa, já eram 13h e eu queria tomar um bom banho. Recebo o meu CAM com um carimbo dizendo para que voltasse às 6h do dia seguinte ao mesmo local para fazer a BCC. Fiquei chateado por não ter conseguido ser dispensado e ter que continua por todas as cansativas etapas para finalmente conseguir retirar minha reservista.
Quando caminho sob o sol quente do Cabanga, olho para frente e encontro meu irmão me esperando para irmos embora.

<01/10/13>

Dia seguinte e de volta ao Cabanga. Chegando lá já me deparo com uma fila enorme. Sinto meu coração acelerar um pouco, o sangue correndo para fora do rosto e pensando em todas as piores alternativas. Quando desço reparo que na verdade haviam duas filas, pergunto a um homem perto de mim que explica dizendo que uma era para quem estava indo para a seleção pela primeira vez e a outra para quem estava retornando para fazer o BCC.
Assim que o senhor me direcionou à fila correta eu espero pouco tempo até sermos chamados para dentro do DSUP (Depósito de Suprimentos). A fila continua andando até uma quadra poliesportiva que fica em frente do galpão onde passei minha manhã no dia anterior. O sol estava forte e eu protegia meu rosto com a pasta lilás. Formamos um pequeno quadrado e esperamos em pé por qualquer coisa. Alguém tenta se sentar e logo é reprimido pelo soldado Moura que virará um personagem interessante. O sol é substituído por nuvens densas quase que instantaneamente. Um sulista surge e com seu sotaque engraçado sugere que nos levem para debaixo da coberta do estacionamento dos oficiais. E lá vamos nós em fila indiana.
Chegando lá, eles nos põem em retângulo e nos avisam que nossas posições são as posições das cadeiras na sala onde iremos fazer a prova então não deveríamos nos mover e se um de nós quisesse beber água ou ir ao banheiro então toda a fila deveria acompanhar.
As horas se revezam entre citações das falas do filme "Tropa de Elite" e contos do soldado Moura. Os garotos que vão servir parecem maravilhados com como a hierarquia militar foi rígida com Moura. Gritam animados "Se o boy não fizer o que o senhor sargento mandar tem que ficar o dia todo colhendo folhas", "Meu vizinho uma vez teve que passar a madrugada do lado de fora do dormitório tendo que varrer folhas do chão". Eu realmente não entendi o que há de tão excitante nisso. Mas ri da mesma forma. Só rindo para não sentir a dor de ficar em pé por horas.
Duas horas depois vem o soldado avisando que iriam abrir uma sala para que pudéssemos fazer a prova.
A prova era toda de raciocínio lógico, matemática e informática. Pergunto-me por que diabos existe prova de informática em 2013, mas também não respondi nada certo mesmo, pouco importava. Minha prova foi isso aliás, eu tentei errar a maior quantidade de questões o possível. Eu não simplesmente chutei, eu li cada questão, as resolvi e as marquei exatamente incorretas. Foi todo um estudo minucioso para conseguir zerar a nota.
As partes da prova eram cronometradas e não podíamos avançar ou retornar as partes da prova, então eu passava boa parte do tempo sem fazer nada. E incrível era a quantidade de garotos que tinham conseguido chegar à lógica de filar a prova um do outro. Neste momento o Diabo ria comigo.
Toda vez que o cronômetro zerava, um garoto sentado na cadeira à minha esquerda reclamava em voz alta que ainda estava fazendo os cálculos ou que não tinha terminado de ler... uma trama absurda.
Ao fim da prova fomos levados à recepção do dia anterior, mas agora bem mais vazia já que tínhamos sido os últimos a fazer a prova. Sentamos em colunas enquanto éramos chamados para receber o CAM que nos mandaria ou de volta para o Cabanga em 2014 para receber um carimbo que nos mandaria de volta para o centro de alistamento de nossa zona ou receberíamos um carimbo para irmos a um quartel para mais uma bateria de exames. Sorte minha fiquei com o carimbo que me trazia de volta ao lugar que o Diabo me levou. Daqui a dois meses ainda é muita coisa e eu espero que até então eu tenha me recuperado da dor nas minhas pernas.